O presidente Michel Temer afirmou que pretende concluir no próximo mês o Rota 2030, novo regime automotivo brasileiro. A conclusão do Rota 2030 é muito aguardada pelo setor e foi cobrado pelo senador Dário Berger (MDB/SC) em audiência com o recém empossado ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.

O regime anterior, o Inovar Auto, se encerrou no final de 2017 e o novo modelo ainda não entrou em vigor. Montadoras têm declarado que precisam conhecer as regras para planejar próximos investimentos no país.
A falta do programa de incentivo tem prejudicado a fábrica da BMW em Santa Catarina, instalada em Araquari, no Norte do Estado. Sua capacidade total para produzir é de 32 mil veículos por ano, mas está com 75% da produção ociosa. Tem capacidade para gerar 1300 empregos diretos, e hoje possui 600 funcionários.

É essencial cobrarmos agilidade do governo para que o setor que é vital para a economia do país possa prosperar. Santa Catarina também tem muito a ganhar, já que a única indústria automotiva instalada no estado contribui com a geração de emprego e renda”, defendeu Dário.

 

O atraso na divulgação do regime se deve, em especial, à falta de consenso entre os ministérios da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) e da Fazenda sobre o aumento ou redução de impostos e a forma de fazer a renúncia fiscal, que deve ficar em torno de R$ 1,5 bilhão ao ano, mesmo montante do regime anterior.
Diferentemente do Inovar Auto, o subsídio para as indústrias no Rota 2030 não deve ser condicionado à produção local, mas sim a investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
O Rota 2030 deverá trazer novidades como incentivos à produção de veículos elétricos e híbridos e ao aumento da segurança dos veículos.