Em reunião na manhã desta sexta-feira (13), o senador Dário Berger, presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, se comprometeu com o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, o Vice Prefeito, Marcelo Sodré, representantes do segmento portuário através de sindicatos, representantes de Entidades de Classe, e servidores da superintendência do porto de Itajaí, a fazer novas articulações em Brasília para tentar evitar as possíveis consequências caso se concretize a desestatização da autoridade pública municipal do complexo portuário da cidade prevista para o segundo semestre deste ano.

A primeira ação deve ser a solicitação de uma audiência pública imediata com o presidente da Bolsonaro para abordar o assunto. Dário deve encaminhar o pedido com o apoio dos outros dois senadores da bancada. Até então, o presidente não atendeu a nenhum pedido de reunião para tratar do tema.

“Certamente, o governo não têm a consciência real do que o Porto de Itajaí representa para a cidade e para Santa Catarina, sendo que o modelo proposto, é uma cópia do modelo considerado fracassado na privatização dos portos australianos, comprovados por estudos”, afirmou Dário.

O senador garantiu ainda que irá convocar uma nova audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado com a participação do Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público e representantes do setor portuário.

Além disso, o senador pretende se reunir com o procurador geral da República, Augusto Aras, para tratar do assunto.

O Complexo Portuário movimenta mais de 70% da corrente de comércio de Santa Catarina, e desde 2003 é o 2º do Brasil em movimentação de cargas através de contêineres. Ao todo, arrecada uma margem de R$16 bilhões de reais anualmente, sendo um valor significativo que corresponde a 5% do comércio nacional.

“É bom lembrar ao governo Federal, que a privatização da Autoridade Portuária Pública vai trazer impactos negativos para a cidade, especialmente para a insegurança dos trabalhadores, logística, e para a movimentação econômica, financeira e social, que o porto representa para todo o estado”, enfatizou.

Dário também esteve no mesmo dia em São Francisco do Sul. Por lá também defendeu a não privatização do Porto da cidade como está pretendendo o governo catarinense que detém a concessão do complexo portuário.

“Não faz sentido algum o governo catarinense querer privatizar o sétimo maior porto do país em movimentação de cargas, que tem sido eficiente e gerado lucro, emprego e renda”, pontuou Dário.