O senador Dário Berger (MDB-SC) lamentou nesta quarta-feira (6) em Plenário o índice de desemprego, que assola a população do Brasil. Ele classificou a situação como grave e observou que, apesar de os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) aparentemente mostrarem um quadro estável, com leve melhora, é possível perceber uma piora no nível de emprego.

 

“Há outros dados muito preocupantes que não confirmam que essa primeira impressão de melhoria desse quadro está imperando. A categoria [de trabalhadores] ‘por conta própria’ chegou a 24,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto, o que representou um aumento de 4,7%. Portanto, nesse período, mais de 1,1 milhão de pessoas foram atingidas pelo trabalho ‘por conta própria’ em relação ao mesmo período de 2018. O número de empregados sem carteira de trabalho assinada atingiu aproximadamente o recorde de 11,8 milhões de pessoas, o que representa um crescimento de 5,9%. Portanto, mais 661 mil pessoas”, disse Dário Berger.

 

Para ele, os elevados juros praticados pelos bancos prejudicam os investimentos e impedem a recuperação da economia, aumentando ainda mais o desemprego no país.

 

“Há cerca de um ano a taxa de juros Selic estava aproximadamente em torno de 14,25% e os juros do cartão de credito 500%, e, mesmo havendo uma importante queda na taxa Selic não houve diminuição proporcional dos juros do cartão de crédito. Hoje, a taxa de cartão de crédito, se fosse obedecer à proporção da redução da taxa Selic, seria em torno de 175%, mas os bancos estão cobrando mais de 300% no cartão de crédito, o que é inaceitável, inadmissível”, criticou o senador.

 

O senador ainda afirmou que “esse é o tempo das reformas, e quem sabe não seja a época ideal para rediscutir também os encargos trabalhistas que incidem sobre a remuneração, principalmente daqueles que mais precisam, que são os trabalhadores de baixa renda”, concluiu.

 

 

Fonte: Agência Senado