O senador Dário Berger (PMDB-SC) cobrou do governo uma atitude para baixar a taxa de juros, que, em sua opinião, constitui obstáculo aos investimentos e ao crescimento econômico, além de agravar os efeitos do que definiu como a mais grave crise econômica de todos os tempos. O senador ponderou que a inflação é o tributo mais injusto que existe, mas considera “superada e arcaica” a tese de controle da inflação através do aumento de juros.
Cinquenta por cento de tudo que é produzido hoje no país está sendo destinando aos juros e à rolagem da dívida, que chega quase a um trilhão de reais. Nós investimos em transporte, no ano passado, um por cento do que nós pagamos de juros e de rolagem da dívida no ano passado.
Ao comparar desfavoravelmente os juros do Brasil com os praticados na China e em países desenvolvidos, Dário Berger criticou especialmente as taxas do cartão de crédito e do cheque especial. Na opinião do senador, que destacou o “cenário dramático” do desemprego como efeito da recessão econômica, o maior problema não é a própria crise, mas a falta de atitude para combater a crise.
